Em reunião realizada nesta última terça-feira, 7 de dezembro, o Conselho de Administração da Fundação Bienal de São Paulo reelegeu o atual presidente da instituição, José Olympio da Veiga Pereira, para um segundo mandato, que se estenderá de 2 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2023.
O primeiro mandato de José Olympio, iniciado em 2019, estendeu-se, excepcionalmente, por três anos. De acordo com o estatuto da instituição, com o prolongamento do calendário expositivo da 34ª Bienal (que teve sua mostra principal adiada de setembro de 2020 para setembro de 2021 devido à pandemia de Covid-19), seu mandato foi automaticamente prorrogado até dezembro de 2021.
Com sua reeleição, José Olympio reafirma seu compromisso com a instituição, de cujo Conselho Administrativo é membro desde 2009 e onde liderou a fundação do Conselho Consultivo Internacional, em 2016. O relatório de sua gestão será publicado pela Fundação em janeiro de 2022, e estará disponível na área de transparência do Portal Bienal. Quanto ao próximo biênio, estão programados projetos como as mostras itinerantes da 34ª Bienal de São Paulo em cidades brasileiras e estrangeiras; a representação oficial do Brasil na 59ª Bienal de Veneza e na 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza; a continuidade das ações de catalogação e conservação do Arquivo Histórico Wanda Svevo; além da 35ª Bienal de São Paulo.
Para José Olympio da Veiga Pereira, “o processo de fortalecimento institucional e de consolidação da sustentabilidade financeira pelo qual a Fundação Bienal vem passando desde 2009 permitiu que a instituição superasse os desafios dos últimos anos, e, mais do que isso, que criasse oportunidades para a diversificação de sua programação e a ampliação do contato com o público, especialmente por meio de ações digitais. O sucesso dessas iniciativas, bem como da 34ª Bienal de São Paulo, só foi possível devido ao comprometimento de meus colegas da governança da Fundação Bienal e do qualificado corpo técnico da instituição, bem como das equipes contratadas para a curadoria, arquitetura, design gráfico, entre outras. Foi um privilégio liderar esta equipe nos últimos três anos, e estou ansioso para levar adiante, nos próximos dois, aquilo que já começamos a construir juntos”.
José Olympio participa dos Conselhos Internacionais do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e da Tate Modern, em Londres. É membro do Comitê de Aquisições da Fondation Cartier, em Paris. No Brasil, é Presidente da Fundação Bienal de São Paulo e membro do Conselho do MASP. Participa também do Conselho da SOS Mata Atlântica. José Olympio é Presidente do Banco Credit Suisse Brasil e é formado em engenharia civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e possui MBA pela Harvard Business School.
34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
Encerrou-se, no último domingo, 5 de dezembro, a 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto. A edição atingiu mais de 3,4 milhões de pessoas, sendo 2,7 milhões digitalmente e 700 mil presencialmente (400 mil como público nas exposições no Pavilhão da Bienal e 300 mil nas instituições da rede).
A 34ª Bienal expandiu-se no tempo e no espaço por meio da realização de exposições individuais e performances no Pavilhão da Bienal e em uma rede de instituições parceiras na cidade de São Paulo e no exterior. A edição, que foi inaugurada em 8 de fevereiro de 2020 com uma performance de Neo Muyanga (com o Coletivo Legítima Defesa e Bianca Turner) e uma mostra individual de Ximena Garrido-Lecca, estendeu-se por um ano a mais do que o planejado, quando sua mostra principal foi adiada de setembro de 2020 a setembro de 2021 devido à pandemia de Covid-19.
Com o ano extra, a Fundação Bienal lançou a campanha A Bienal tá on, com a qual reforçou sua presença on-line (já existente desde 1996, ano em que realizou o primeiro site para uma edição da Bienal) e ampliou a programação digital da mostra. Também apresentou a exposição Vento entre novembro e dezembro de 2020, e levou para a internet seu programa de difusão, composto por ações de formação de professores e estudantes que antecedem a abertura da exposição principal. Tais ações permitiram alcançar pessoas de outros estados do Brasil e até mesmo residentes em outros países.
Outra frente importante para a diversificação e ampliação de públicos foi a consolidação de seu perfil no Instagram como fonte permanente de conteúdo sobre arte contemporânea, para além dos temas e artistas abordados pelas Bienais. Como resultado desse esforço, o número de seguidores de sua fanpage cresceu de 90 mil, em janeiro de 2019, para 358 mil, em dezembro de 2021 e levou ao expressivo número de 1,7 milhão de interações (curtidas, comentários, compartilhamentos e visualizações de vídeos) com os conteúdos da 34ª Bienal nesse canal.
Em 4 de setembro de 2021, a grande mostra coletiva foi inaugurada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, readequada ao momento pandêmico, com rígidos protocolos definidos em conjunto com o Hospital 9 de Julho e área de alimentação instalada do lado de fora do edifício, em espaço aberto. A dinâmica das visitas em grupos foi reconfigurada com grupos menores e alternância de mediadores, a fim de contribuir para a segurança dos participantes e da equipe. Parcerias foram estabelecidas com órgãos públicos como a Secretaria Estadual de Educação, a Secretaria Municipal de Educação e a Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania, a fim de facilitar a visitação de alunos e professores da rede pública de ensino, bem como de comunidades indígenas e quilombolas do Estado de São Paulo.
Para dialogar com as obras que integram a 34ª Bienal, foi concebida uma programação pública que incluiu apresentações musicais, performances, encontros com artistas e conversas. Uma das principais frentes da programação pública foi a ativação da obra deposição, de Daniel de Paula, Marissa Lee Benedict e David Rueter: uma antiga roda de negociações da bolsa de valores de Chicago que foi ressignificada pelos artistas e pelos seus usos na Bienal, que incluíram desde conversas abertas até shows de Maria Gadú e BNegão. Mais de cem performances e ativações de obras ainda compuseram a mostra, que teve como um de seus destaques as iniciativas de acessibilidade e inclusão, concebidas, pela primeira vez, de forma integrada pelas diversas áreas da Fundação com apoio da consultoria Mais Diferenças.
A 34ª Bienal em números
91 artistas participantes (sendo 2 duos e 1 coletivo) de 39 países
1100 obras (aproximadamente)
133 dias com exposições no Pavilhão na Bienal
22 instituições parceiras no Brasil
4 instituições parceiras no exterior
Público
3,4 milhões de pessoas, sendo:
- 400 mil visitantes nas exposições no Pavilhão da Bienal
- 300 mil visitantes nas instituições da rede
- 1,7 milhão de interações (engajamentos) nas redes sociais (curtidas, comentários, compartilhamentos e visualizações de vídeos)
- 1 milhão de pageviews no site da mostra
Educação
190 ações de difusão (encontros pontuais, cursos e minicursos) com 10.005 participantes
21.059 participantes de visitas mediadas, temáticas, inclusivas e atendimentos nos espaços de estudo e mediação da 34ª Bienal
4113 publicações educativas distribuídas
Programação pública
7 Conversas abertas na Oficina Oswald de Andrade
7 Apresentações de música experimental com Teatro Cultura Artística / Festival Novas Frequências
17 Conversações
26 Círculos de arte
125 Performances
4 Ações do Ciclo Bienal dos Índios
2 Shows: Maria Gadú e BNegão
31 Apresentações de música ao vivo na marquise da Bienal
Programação digital
12 Visitas ao ateliê
5 Encontros da série As vozes dos artistas
5 Minicursos à distância sobre os enunciados
21 Correspondências
3 Lives de lançamento da publicação educativa
Linha do tempo da 34ª Bienal
8 fev 2020
A Maze in Grace
Performance de Neo Muyanga com Coletivo Legítima Defesa + Bianca Turner
8 fev – 15 mar 2020
Exposição individual
Ximena Garrido-Lecca
16 set 2020
Lançamento da campanha A Bienal tá on e da programação digital da 34ª Bienal
14 nov – 13 dez 2020
Vento
Exposição coletiva
4 set – 5 dez 2021
Faz escuro mas eu canto
Exposição coletiva
+ lista completa das exposições da rede de instituições parceiras aqui.
34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
8 fev 2020 – 5 dez 2021
Curador geral: Jacopo Crivelli Visconti
Curador adjunto: Paulo Miyada
Curadores convidados: Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez
Curadora assistente: Ana Roman
Editora convidada: Elvira Dyangani Ose em colaboração com The Showroom, London