A Fundação Bienal de São Paulo lamenta o falecimento da artista Sonia Andrade na noite de sábado, 29 de outubro de 2022.
Sua carreira foi marcada pela experimentação e pelos múltiplos suportes utilizados. Foi uma das pioneiras na videoarte, além de se expressar também por meio de desenhos, fotografias, arte postal, esculturas e instalações.
Ao longo de sua trajetória, Andrade não seguiu tendências ou procurou adequar-se às regras do sistema artístico, deixando-se guiar pelas suas próprias indagações e inquietações poéticas – como as discussões sobre questões de gênero e de comunicação em massa de seus primeiros vídeos e o diálogo sobre memória e escrita em sua instalação Hydragrammas (1978-1993), exposta na 32ª Bienal de São Paulo, em 2016. A obra – um conjunto de mais de cem objetos coletados ao longo de quinze anos e acompanhados de reproduções e palavras – assemelha-se a um texto aplicado ao espaço, cuja poética é construída entre a imagem e os seus múltiplos significados.
Além da 32ª Bienal, Sonia Andrade participou também da 14ª edição do evento, em 1977.