menu
busca
10 Dez 2022
Nota de pesar pelo falecimento de Judith Lauand
Judith Lauand observa as obras <i>Figura em Cadeira Vermelha</i> e <i>O Espelho</i> de Pablo Picasso durante a 2ª Bienal de São Paulo
Judith Lauand observa as obras Figura em Cadeira Vermelha e O Espelho de Pablo Picasso durante a 2ª Bienal de São Paulo © Autor não identificado

A Fundação Bienal de São Paulo lamenta o falecimento da artista Judith Lauand e solidariza-se com seus familiares, amigos e admiradores de seu trabalho. Natural de Pontal, interior de São Paulo, a artista faleceu em 9 de dezembro de 2022, ano em que completou 100 anos de idade.

Lauand foi a única mulher a integrar o coletivo de artistas concretistas paulistas conhecido como Grupo Ruptura, que propunha-se, em manifesto publicado em 1952, a renovar os valores essenciais da arte visual. Considerada uma pioneira da arte concreta no país, versou por formas geométricas e composições constituídas de linhas, planos e vetores, experimentando em pinturas, gravuras, colagens, esculturas e bordados.

Lauand nunca deixou de considerar, em suas obras, a influência de artistas como Paul Klee e Piet Mondrian, com os quais teve contato preliminar durante a 2ª Bienal de São Paulo (1953), na qual trabalhou como mediadora.

Cerca de 25 obras da artista foram apresentadas em edições diferentes das Bienais. Ela participou da 3ª, 7ª, 8ª, 9ª e 10ª Bienal de São Paulo (em 1955, 1963, 1965, 1967 e 1969); assim como de outras exposições promovidas pela Fundação Bienal de São Paulo, como Tradição e Ruptura: Síntese de Arte e Cultura Brasileiras (1984), A Trama do Gosto: Um Outro Olhar Sobre o Cotidiano (1987), Bienal Brasil Século XX (1994) e 30 × Bienal (2013).