Após a abertura em Fortaleza (CE), o programa de mostras itinerantes da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto chega pela primeira vez a Belém (PA) e Santiago (Chile).
Para 2022, as mostras itinerantes foram pensadas a partir de enunciados: objetos ou elementos imateriais utilizados pela curadoria para reunir obras e artistas, criando eixos temáticos sem reduzir, no entanto, as interpretações a uma leitura única. Os Cantos Tikmũ’ũn, A imagem gravada de Coatlicue e Hiroshima mon amour de Alain Resnais, entre outros, estimulam diálogos com os trabalhos expostos e sugerem o debate sobre temas como colonização, racismo, questões indígenas, alteridade e opacidade.
Em Belém, quem conferir a mostra no Solar da Beira vai encontrar obras dos artistas Alice Shintani, Claude Cahun, Gala Porras-Kim, Haris Epaminonda, Jungjin Lee, Melvin Moti, Naomi Rincón Gallardo e Uýra, que se relacionam com os enunciados A imagem gravada de Coatlicue e Hiroshima mon amour de Alain Resnais.
No Mercado Ver-o-Peso, o público pode ver a escultura de luz Nos erguemos ao levantar outras pessoas (2021), obra de Marinella Senatore especialmente produzida para a 34ª Bienal de São Paulo. A instalação de dez metros de diâmetro fica suspensa sobre os transeuntes, próxima ao telhado do Mercado, criando uma arquitetura efêmera e impactante. Composta por dezenas de lâmpadas, a obra nos lembra da força das ações realizadas coletivamente.
A mostra em Belém foi viabilizada com o apoio cultural da CODEM – Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana, da Prefeitura de Belém, da SECON – Secretaria Municipal de Economia, bem como da FUMBEL – Fundação Cultural do Município de Belém, e vai de 29 de setembro a 20 de novembro de 2022.
Já em Santiago, a exposição acontece no Centro Nacional de Arte Contemporáneo Cerrillos e foi viabilizada por meio da parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile. A entrada é gratuita e a visitação segue de 1º de outubro a 27 de novembro. Nela estão presentes obras dos artistas Adrián Balseca, Alfredo Jaar, Alice Shintani, Frida Orupabo, Gala Porras-Kim, Gustavo Caboco, Hanni Kamaly, Jaider Esbell, Joan Jonas, León Ferrari, Noa Eshkol, Seba Calfuqueo e Victor Anicet.
O enunciado Cantos Tikmũ’ũn é o fio condutor da mostra e, sob essa premissa, artistas chilenos prepararam intervenções especiais: Seba Calfuqueo realiza uma performance na abertura da exposição e Alfredo Jaar apresenta uma nova edição de sua obra Chiaroscuro (2021), com outras cores e traduzida para o espanhol.
Ações de difusão
Além do fomento à produção artística, um dos focos principais da Fundação Bienal de São Paulo é a realização de ações de educação e difusão. Em Belém, serão apresentadas duas atividades ligadas à exposição, gratuitas e abertas ao público: na terça-feira, 27 de setembro, às 19h, acontece a palestra “Primeiros Ensaios – publicação educativa da 34ª Bienal” no auditório do Sesc Ver-o-Peso, e na quinta-feira, 29 de setembro, uma visita temática pelo espaço expositivo. Faça sua inscrição para a palestra neste formulário.
Pela iniciativa, a cidade do Rio de Janeiro (RJ) recebe recortes da 34ª Bienal ainda este ano.
Serviço
34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
Programa de mostras itinerantes
Solar da Beira
Belém (PA)
29 de setembro – 20 de novembro 2022
Boulevard Castilhos França, 120
terça – sexta, 8h – 17h
sábado e domingo, 8h – 14h
entrada gratuita
Mercado Ver-o-Peso
Belém (PA)
29 de setembro – 20 de novembro 2022
Boulevard Castilhos França
segunda – quinta, 6h – 13h
sexta – sábado, 6h – 13h30
domingo, 6h – 12h
entrada gratuita
Centro Nacional de Arte Contemporáneo Cerrillos
Santiago (Chile)
1 de outubro – 27 de novembro 2022
Av. Pedro Aguirre Cerda, 6100, Cerrillos – Santiago
terça – domingo, 10h – 17h
entrada gratuita