A Fundação Bienal de São Paulo presta condolências pelo falecimento de Emanoel Araujo, importante nome para as artes de raiz afro-brasileira, que nos deixou nesta quarta-feira, em São Paulo, aos 81 anos de idade. Artista, intelectual, pesquisador, professor, curador e gestor público são alguns dos diversos papéis que Araujo desempenhou no campo da arte nacional.
Emanoel Araujo cultivou laços fortes com a Bienal de São Paulo, fomentando a arte contemporânea nas posições de artista, membro do Conselho Administrativo e curador. Nas 9ª (1967) e 13ª (1975) edições da Bienal, Araújo fez parte do grupo de artistas que tiveram obras exibidas na mostra. Foi curador da Sala Especial – Mestre Didi na 23ª Bienal (1996), que reuniu trabalhos da carreira do artista e sacerdote. Entre a 27ª e 34ª edições do evento (2006-2021), atuou como membro do Conselho Administrativo da Fundação Bienal.
Como diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo (1992-2002), promoveu a revitalização da instituição. Dedicado a promover a arte afrodescendente brasileira e a arte africana, o trabalho e esforço de Araujo foram essenciais para a fundação do Museu Afro Brasil, criado em 2004 sob sua direção e curadoria. Ele continuou como diretor executivo do espaço até o dia de seu falecimento.
Agradecemos a amizade e a inestimável contribuição de Emanoel Araujo para a herança negra na cultura nacional e para a arte brasileira durante mais de seis décadas.