Lee "Scratch" Perry tornou-se conhecido como um ícone musical de sua Jamaica natal e contribuiu significativamente para a expansão da cena da arte musical jamaicana entre as décadas de 1960 e 1970. A história do reggae, do dub e até mesmo do hip-hop não pode ser contada sem mencionar a produção de Perry, nem separada das narrativas mais amplas da diáspora africana.
Perry foi convidado a participar da 34ª Bienal de São Paulo com sua igualmente importante produção em artes visuais. Sua obra, muito impregnada de espiritualidade, perpassa diferentes gêneros ao entrelaçar palavras escritas, imagens, espelhos, fotografias e objetos apropriados, entre outros elementos que com frequência são também cortados, queimados ou pintados.
"Lamentamos imensamente o falecimento de Lee 'Scratch' Perry. Ao longo dos últimos dois anos, tivemos o privilégio de estabelecer uma relação de trocas artísticas e curatoriais com ele que foi muito enriquecedora e importante para a 34ª Bienal. Ficamos sensibilizados pelo fato de podermos compartilhar parte de sua produção com o público agora que ele se foi", afirma Jacopo Crivelli Visconti, curador geral da 34ª Bienal de São Paulo, onde serão exibidas obras de autoria do artista, produzidas entre 2000 e 2021.
A Fundação Bienal presta suas condolências aos familiares e amigos do artista.