Há um mês da abertura da 32ª Bienal de São Paulo - Incerteza viva, já estão sendo preparadas ações em consonância com a proposta da mostra e a política da Fundação Bienal de São Paulo.
Uma delas é o programa Skate e arte contemporânea no Ibirapuera, resultado do diálogo entre a Fundação Bienal de São Paulo, o Parque do Ibirapuera e sua comunidade de skatistas, a fim de ativar a escultura Arrogação, da coreana Koo Jeong-A – uma obra de arte em formato de pista de skate a ser experimentada pelos visitantes da exposição e do parque.
Nesta quinta-feira, 28 de julho, a partir das 18h30, a primeira ação do programa Skate e arte contemporânea no Ibirapuera vai reunir grupos ativistas do skate brasileiro em uma programação de palestras e apresentações performáticas. Participam do encontro Cesar Gyrão e Fabio Bolota Britto (Ibiraboy), editores da Revista Tribo Skate, Sandro Testinha Soares, da ONG Social Skate que utiliza a prática como ferramenta de inclusão social e a equipe de educadores da 32ª Bienal, visando compartilhar com o público um pouco do trabalho de Koo Jeong-A em torno de espaços de convívio.
O encontro acontece sob a marquise do Parque do Ibirapuera, no local entre o MAM e o Museu AfroBrasil, onde skatistas convidados vão apresentar suas manobras ao término das palestras.
Programação
18h30 - 18h45 Apresentação do programa
18h45 - 19h10 O skate e o trabalho social, com Sandro Testinha
19h10 - 19h30 A história do skate no Ibirapuera, com Gyrão e Bolota
19h30 - 19h40 O uso consciente do skate, com Gyrão e Testinha
19h40 - 20h O trabalho de Koo Jeong-A na 32ª Bienal, com Regiane Ishii
20h - 20h30 Perguntas e depoimentos
20h30 - 21h Apresentação de skatistas
Participantes
Cesar Gyrão
Skatista desde 1975 e jornalista. Já foi presidente da ASKC (Associação do Skate Catarinense) e UBS (União Brasileira de Skate), diretor da CBSK (Confederação Brasileira de Skate). Como jornalista, foi repórter do Jornal O Estado (de Florianópolis) e participou de coberturas importantes de várias modalidades como os campeonatos OP Pro de Surf entre 1985 e 1987 e do Hang Loose Pro Contest de 1987. Em 1988 tornou-se editor assistente da revista Overall, da Editora Trip. Fundador original da Tribo Skate em 1991. Colaborador das revistas Trip, General, jornais Folha de São Paulo e Folha da Tarde, com passagem como redator pelo Jornal da Tarde. Atuou por anos como comentarista de skate para a Rede Globo, Sportv e ESPN Brasil. Organizador de eventos, locutor, juiz de competições.
Fabio Britto "Bolota"
Com 38 anos de skate profissional, de 1980 a 1992 , teve seu primeiro campeonato em 1979 na Copa Difusora FM Skate. Participou da segunda geração de skate no Parque do Ibirapuera, grupo esse entitulado “Ibiraboys”, criado em 1979, com diversos outros skatistas locais. O Ibirapuera foi o berço do skate no final dos anos 70 e início dos anos 80, assim como o berço do desenvolvimento da modalidade Street Skate no Brasil, que teve sua força e popularidade nos anos 80. No jornalismo, atuou como colaborador no jornal que antecedeu a revista Overall, chamado Brasil Reporter, que publicava informações sobre skate, surf e bike, em 1884. Após isso, foi editor assistente na primeira revista de skate dos anos 80, chamada revista Overall lançada em 1985 pela Editora Trip, desde a edição número 0 (zero), experimental para a número 1. É fundador da primeira revista dos anos 90, a revista Tribo Skate, junto a Cesar Gyrão. Lançada em 1991, a revista existe até hoje e completa 25 anos em setembro de 2016. Também editor da revista CRVIS3R Skateboarding, que criou em 2012, direcionado para o skate de ladeira e longboard.
Sandro Soares “Testinha”
Diretor da Ong Social Skate, pratica skate há 24 anos e é educador social. Após se dedicar por 10 anos ensinando o skate para os internos da Fundação CASA, a antiga Febem, em São Paulo, Sandro Testinha criou a ONG Social Skate em Poá, em 2011. Em 2013 ele foi um dos ativistas agraciados pelo prêmio Trip Transformadores de 2013. Sua ONG Social Skate contagia obras e pessoas que arregaçam as mangas para mudar o mundo para melhor. Com a ajuda da esposa Leila (pedagoga) e dos dois filhos, tornou-se uma grande referência do uso do skate como ferramenta de inclusão social. Locutor de eventos, skatista, pai, comunicador, educador, já atuou como colunista na revista Tribo Skate.