menu
busca
01 Set 2014
Formação completa
Ação inédita beneficia até 10 mil alunos da rede municipal que vão visitar a 31ª Bienal

O Educativo Bienal, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), realiza uma ação inédita com uma série de três Encontros Sobre Arte para atender cerca de 500 professores de diferentes disciplinas. Os encontros ocorrem simultaneamente em 13 CEUs em diferentes regiões da cidade. “É uma parceria singular porque traz valores estéticos para dentro do processo educacional de uma maneira sensível”, afirma a coordenadora do Programa Especial da SME, Marta de Betania Juliano.

O programa contempla três encontros de formação de quatro horas divididos em: laboratório de material educativo (11/08); conversas sobre o uso do material educativo em sala de aula (15/09); e artistas e conceitos da 31ª bienal (22/09). “Essas formações permitem mudar o olhar, a perspectiva e ampliar o repertório”, disse Márcia Aparecida Souza Sila, coordenadora da EMEI Cohab Valo Velho, que estava presente no primeiro encontro.

Como encerramento dessa ação, o Educativo recebe esse grupo de professores e seus alunos para uma visita orientada à 31 Bienal, de 6 de setembro a 8 de dezembro. No total cerca de 10 mil alunos devem ser beneficiados com a parceria. “Assim, os professores e alunos terão um repertório maior e podem estabelecer um diálogo com a exposição”, afirma Helena Kavaliunas, supervisora geral de relações externas do Educativo Bienal.

No primeiro encontro, além de apresentar e mostrar diferentes usos do Material Educativo da 31ª bienal, foi distribuído um exemplar para cada professor trabalhar em sala de aula coletivamente. O Material Educativo, que também está disponível para download , é composto por 10 projetos de artistas que estão na 31ª Bienal e por 40 pistas educativas, proposições para serem realizadas pelos estudantes.

“É simples, econômica, fácil de ser manipulada e compartilhada. Vocês estão convidados a se apropriar desse conteúdo para usá-lo da maneira prevista e inventar outras formas de trabalhar com ele. Afinal, uma caixa de ferramentas nada mais é do que um conjunto de possibilidades em estado de espera. Os cartazes e fichas nela contidos necessitam de sua manipulação para tomarem corpo, para gerarem algo. (...) “, explica o conteúdo do próprio Material Educativo.

Para isso, cada um dos palestrantes do Educativo Bienal fez adaptações das pistas educativas para serem realizadas pelos professores durante o próprio Encontro. “O importante é que cada professor use as propostas que estejam próximas à sua realidade”, disse o palestrante Leonardo Matsuhei.

“As pistas do Material Educativo podem ajudar no pensar, a sair da caixinha, a causar provocações”, afirma o professor de filosofia Mauricio Lopes Caldas, que pretende aplicar o que viu no Encontro com seus alunos do ensino médio.

De acordo com Lislayne Carneiro, assessora da Sala CEU de programas especiais, essa formação com o material educativo foi constituída especialmente para professores que atuam em salas de aulas. “Já deu para sentir que esses encontros exigem uma postura mais crítica, o que é muito importante para os professores repensarem a linguagem, os conceitos e aplicarem novas propostas com os alunos”, explicou Carneiro durante o encontro.

Emiko de Oliveira, professora da EMEF Theodomiro Monteiro do Amaral, se surpreendeu com o Material Educativo durante a formação e disparou: “Peguei o cartaz da Cia Teatral Ueinzz, que participará da 31ª bienal e é formada por pacientes psiquiátricos do hospital-dia A Casa, e achei maravilhoso, pois me abriu caminhos. Percebi que muitas vezes, mesmo com os próprios alunos, vivemos formatados nos padrões.”

 

“O encontro foi bastante dinâmico e esclarecedor para pensar questões da arte contemporânea. O material é muito bom, bem pensado e o mais importante, leva em conta os repertórios de cada um, alunos e professores”, comentou o professor Reginaldo Ferraz da EMEF Mauro Faccio Gonçalves Zacarias.

“Que a experiência que o professor teve no encontro gere um efeito cascata aos alunos”, afirma o coordenador de ação cultural do CEU Parque São Carlos, Francisco Gimenes Garcia.