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O surgimento da figura de um curador-geral da mostra transformaria por completo os rumos da Bienal. O crítico e ex-diretor do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), Walter Zanini, foi o primeiro a assumir o posto, em uma edição que aboliu espaços separados por país e optou por agrupar as obras por “analogia de linguagem” (técnicas e temas). Também marca o fim do boicote à Bienal e a abertura política no país.

Presidente da Bienal: Luiz Diederichsen Villares
Curadoria-geral: Walter Zanini
Curadores: Petrônio França, Agnaldo Farias, Samuel Eduardo Leon (Cinema); Cacilda Teixeira da Costa (Video Art); Gabriela Suzana, Julio Plaza (Arte Postal); Annateresa Fabris, Victor Musgrave, Josette Balsa (Arte Incomum)
Curadores-adjuntos: Roberto Sandoval, Cida Galvão, Marília Saboya, Renata Barros
No Conselho de Arte e Cultura: Casimiro Xavier de Mendonça, Donato Ferrari, Paulo Sérgio Duarte
Na comissão internacional para organização da exposição: Walter Zanini, Bruno Mantura (Itália), Donald Goodall (EUA)

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"A idéia de expor por parâmetros essenciais e ordenadamente aspectos significativos da pluralidade artística, caracterizadora deste início da década 80, regeu as principais intenções da XVI Bienal de São Paulo, determinada segundo três núcleos de manifestações. A estrutura do primeiro desses setores, estabelecida para cumprir aquelas finalidades, foi pensada tendo em vista critérios de relação e analogias de linguagem, em substituição ao antigo sistema de espaços reservados às delegações de países convidados. Passava-se a uma exposição de artistas e não de artistas separados em compartimentos nacionais".

ZANINI, Walter. "Introdução". In XVI Bienal de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1981, p.19 (catálogo de exposição)

"Mudado o contexto histórico do Brasil, assumimos, no início desta gestão junto à Fundação Bienal de São Paulo, o compromisso de desempenhar uma ação cultural que contribuísse efetivamente para a realização dos novos anseios da sociedade. (...) foram iniciados, entre outros, os seguintes projetos: 1) Reforma do Edifício, que viabilizaria a instalação de um centro de arte e cultura prevendo atividades de exposições, teatro, música, dança, oficinas e biblioteca; 2) o chamado Projeto Um, que daria possibilidades para atividades permanentes no pavilhão, nas áreas de artes plásticas, teatro, dança, música, cinema, poesia e fotografia; 3) o Projeto Utopia, que em três diferentes núcleos - simpósios, cursos e exposição (...); 4) o Projeto Ludoteca; 5) o Projeto de Reorganização e Revitalização do Arquivo, que recuperaria o passado da instituição, visando uma recuperação e renovação da mesma; 6) o Projeto Reciclagem; 7) o Projeto Parque Ibirapuera"

VILLARES, Luiz. "Apresentação". In XVI Bienal de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1981, p.11 (catálogo de exposição)

"Ao aprovar o normeamento geral da exposição, o Conselho de Arte e Cultura da FBSP preocupou-se com as dificuldades que a execução do projeto comportava, considerando a exiguidade do tempo. A troca de idéias com os países e a seguir com seus representantes designados não pode aprofundar-se em níveis desejados. Mas um lado positivo foi o de preparar o retorno de nações refratárias já para a Bienal de 1983. Por outro lado, sobreviriam mais tarde problemas de ordem financeira que limitaram os objetivos para os Núcleos II e III assim como a vinda de artistas convidados para o Núcleo I".

ZANINI, Walter. "Introdução". In XVI Bienal de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1981, p.19 (catálogo de exposição)

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