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Ciccillo Matarazzo deixa de ser o único mecenas da Bienal, e o evento passa por sua primeira crise econômica. A sexta edição ficou conhecida pelo caráter museológico e o predomínio do neoconcretismo, evidenciado pela presença revolucionária dos Bichos de Lygia Clark. Parte do júri de seleção é eleita pelos artistas. Primeira vez que a exposição recebe a delegação da URSS.

Realizada pelo MAM-SP
Presidente do MAM-SP: Ciccillo Matarazzo
Diretor geral: Mário Pedrosa
No júri de seleção: Bruno Giorgi, Ferreira Gullar, Lourival Gomes Machado
No júri de premiação: James Johnson Sweeney (Kunstammlung NRW, Düsseldorf)

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"A 6ª edição, no entanto, não estava centrada apenas em aspectos museológicos e históricos. A Arte Contemporânea foi reforçada, nesse ano, pela produção artística da União Soviética. A ideia inicial era organizar uma grande retrospectiva do suprematismo e do construtivismo da primeira fase da Revolução de 1917. Um desejo antigo do crítico Pedrosa. O projeto não se realizou por motivos burocráticos não explicados, embora se tivesse notícia de que essas obras estavam nos depósitos dos museus Tetriakov, em Moscou e no Ermitage, em Leningrado".

AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.110

… depois de a Bienal ter, em todas as suas edições anteriores, se dedicado a fazer um levantamento detalhado (e, de novo, o mérito disso cabe sobretudo aos diretores e intelectuais ligados ao MAM) das origens e dos desdobramentos internacionais e nacionais do modernismo, o momento agora, segundo Pedrosa, seria de mostrar as origens das origens, ou seja: demonstrar o funcionamento da criação artística em si mesma, em seus primórdios.”

ALAMBERT, Francisco e CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.87

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