1959
5ª Bienal de São Paulo
21 de setembro - 31 de dezembro de 1959
- 689Artistas
- 3.804Obras
- 47Países
200 mil visitantes garantiram o sucesso da exposição, que teve como pontos altos a seleção de trinta obras do ícone impressionista Vincent van Gogh e a forte presença do tachismo e da arte informal.
Realizada pelo MAM-SP
Presidente do MAM-SP: Ciccillo Matarazzo
Diretor artístico: Lourival Gomes Machado
Secretário-geral: Arturo Profili
No júri de seleção: Alfredo Volpi, Ernesto Wolf, Fayga Ostrower
No júri de premiação: Richard Davis, Roland Penrose
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"Para não parecer que se eludem certos problemas delicados, cabe ainda uma palavra, acêrca das preocupações que continuam a causar as questões levantadas a propósito da representação brasileira. Ainda desta feita, formou-se ela segundo o sistema de seleção por juri. Ninguém poderá afirmar que a sala assim composta desminta a feição de suas antecessoras, como, por igual, a nenhum dos responsáveis pelo Museu de Arte Moderna e suas Bienais escapam as deficiências do processo adotado, que, contudo, era preciso apreciar em várias oportunidades e durante razoável prazo de observação. Assim, pela critica de successivas tentativas, firmou-se a convicção de que, entre tantas acusadas, as reais e sanáveis deficiências decorriam, efetivamente, não da composição e ação dos júris mas, sim, do próprio sistema de seleção. Êste, pois, é que deve mudar, possibilitando ainda maior atenção aos artistas brasileiros, sem, contudo, acobertá-los com uma benevolência paternal que, simpática embora, não consoa com os verdadeiros valores. A próxima Bienal, para inspirar novo sistema, passará o fruto dessa longa e esclarecedora observação".
MACHADO, Lourival Gomes. "Introdução". In V Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo. 1959, p.24 (catálogo de exposição)
"Foi em 1959 que João Gilberto lançou seu festejado LP Chega de saudade, no qual a estética de formação nacional e ao mesmo tempo internacionalista da Bossa Nova mostrava sua capacidade de articular a incorporação das influências externas modernizantes (a música erudita e de vanguarda européia e o jazz norte-americano em particular) com as formas depuradas do samba, da poesia concreta, do "canto-fala" diante do microfone, agora usado como nunca antes o fora. Era a música certa para acompanhar o projeto de construção utópico da arquitetura total de Brasília, que ia se erguendo no Planalto Central sob os planos e as formas de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Em ambos os movimentos, no musical e no arquitetônico, a idéia de autonomia, de criação de uma forma moderna nacional própria e atualizada, mas claramente ligada a uma interpretação da história, era a utopia central".
ALAMBERT, Francisco e CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.80
"Um jovem artista japonês desconhecido, Manabu Mabe, é o vitorioso. Mal chegado do interior de São Paulo, onde fazia seu estágio obrigatório de imigrante, Mabe ganha instantânea notoriedade. De gosto inefavelmente japonês, as manchas de Mabe têm um poder emocional de fácil comunicabilidade, e com elas inaugura-se em definitivo a voga tachista no Brasil (...) e a geometria é, ao mesmo tempo, repelida com ódio".
PEDROSA, Mario. "A Bienal de cá para lá" (1970). In MAMMI, Lorenzo (org.). Arte – Ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p.268
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