Motivado pelo conceito de “relação”, o escritório Andrade Morettin Arquitetos, convidado para desenvolver o projeto arquitetônico e expográfico da mostra, propôs, para a 34ª Bienal, trabalhar com a ideia de uma dimensão intermediária que torne mais íntima a escala monumental do Pavilhão, facilitando a conexão entre os visitantes e as obras. De acordo com Marcelo Morettin, “o projeto pretende trazer o conceito do espaço público do Parque Ibirapuera para dentro do prédio por meio de estruturas análogas a praças e calçadas, que mimetizem o funcionamento da marquise, conectando galerias que — quase como edifícios porosos que se contrapõem à escala ‘urbana’ do pavilhão projetado por Oscar Niemeyer — vão oferecer ambientes de naturezas variadas, em uma escala mais contida”.
A expografia da 34ª Bienal de São Paulo, por sua vez, está a cargo do escritório Metrópole Arquitetos Associados. Os projetos expográficos dessas galerias serão desenvolvidos a partir das premissas gerais do projeto de arquitetura e em trabalho colaborativo com os arquitetos da Andrade Morettin e a equipe curatorial. “A expografia das galerias procura dar suporte às obras sem se sobressair, em diálogo com o Pavilhão existente e o projeto de arquitetura proposto, garantido a fluidez e permeabilidade visual do espaço com o mínimo de elementos construtivos”, explica Anna Helena Villela, sócia da Metrópole Arquitetos.