No dia 11 de novembro de 2012, Wolfgang Pfeiffer, dos mais destacados museólogos e historiadores de arte da segunda metade do século 20, faria cem anos. Nascido na Alemanha em 1912, Pfeiffer mudou-se para o Brasil em 1948, logo após concluir estudos nas áreas de museologia e preservação de bens culturais e realizar seu doutorado em historia da arte na Universidade de Munique. Aqui atuou e contribuiu de forma decisiva para os principais museus da cidade de São Paulo: MASP, MAM-SP, MAC-USP, MAB-FAAP. Como professor na Universidade de São Paulo orientou pesquisadores e artistas, entre eles Regina Silveira.
Um momento importante em sua carreira foi a sua participação no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Como diretor técnico, participou ativamente das primeiras Bienais de São Paulo e se correspondeu com importantes artistas como Oskar Kokoschka, Max Bill e Walter Gropius entre outros. Pfeiffer foi um dos principais divulgadores no Brasil dos projetos de Gropius e dos ideais da Escola Bauhaus.
Foi ele também que, em 1953, idealizou o curso para monitores da Bienal. Participaram deste primeiro curso jovens artistas e futuros historiadores e críticos de arte como Judith Lauand, Aracy Amaral, Ilza Kawall e Aparício Basílio da Silva. De 1978 a 1982 foi diretor do MAC-USP, onde ampliou o espaço expositivo do MAC no Parque Ibirapuera em 1.200 m2 e o acervo em mais de 300 obras dos principais artistas brasileiros, como Alfredo Volpi e Mira Schendel entre outros.
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João Spinelli é curador da Homenagem ao Centenário de Wolfgang Pfeiffer. Professor e crítico de arte, Spinelli vem realizando pesquisas diversas no Arquivo desde a década de 1960 e foi orientando de Wolfgang Pfeiffer em seu doutorado na ECA-USP (1992).