No dossiê do artista Edward Hopper há vários recortes de jornais sobre a sua participação na 9ª Bienal (1967). Representante dos Estados Unidos nessa Bienal com uma sala especial, Hopper faleceu poucos meses antes do evento, "transformando aquilo que deveria ser a primeira apresentação internacional de um eminente pintor vivo norte-americano em uma exposição in-memorian" (William Seitz, comissário dos EUA para artigo no Diário de São Paulo, em 15 de outubro de 1967).
Geraldo Ferraz, no Estado de São Paulo de 30 de dezembro de 1967, conta que Hopper ao saber da grande notícia em manchete no alto da página do New York Times (sobre sua escolha para representar os EUA na Bienal de São Paulo) indagava: "Isto significa alguma coisa?". Ferraz completa que aí estava "sua constante de rejeição aos aplausos e críticas".
No artigo de Quirino da Silva para o Diário de São Paulo de 3 de outubro de 1967, ele cita Lloyd Goodrich:
"Edward Hopper é um precursor na descrição realista dos Estados Unidos. O aspecto físico da nação, na cidade, no município, no campo, é a matéria-prima de sua arte. Durante quase sessenta anos ele tem pintado os aspectos cotidianos da vida nos Estados Unidos contemporâneos com um realismo inflexível. Mas ele não é meramente um realista objetivo, representando fatos superficiais da vida americana. As imagens que ele cria do mundo moderno, são impregnadas de profunda emoção e são concebidas com uma largueza, uma força e um domínio de fundamentos que lhes conferem um significado universal..."