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Residência Artística FAAP recebe artistas da 32ª Bienal de São Paulo
07 Abr 2016
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Participantes de oito países integram programa desenvolvido no edifício Lutetia, na Praça do Patriarca, na capital paulista; projetos inéditos farão parte da mostra Incerteza Viva

Por meio do Programa da Residência Artística FAAP com a Bienal de São Paulo, oito participantes da 32ª Bienal estarão em residência em São Paulo para desenvolver pesquisas e novos projetos que serão apresentados no pavilhão da Bienal a partir de setembro de 2016. Desenvolvida a partir de 2006, por ocasião da 27ª Bienal, e renovada a cada nova exposição, a parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e a Residência Artística FAAP, já recebeu 41 artistas do evento no Edifício Lutetia, prédio mantido pela Fundação Armando Alvares Penteado no centro de São Paulo.

Com o título Incerteza viva, a 32a Bienal de São Paulo enfoca noções de “incerteza” e “entropia” a fim de refletir sobre as condições atuais da vida e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para abrigar e habitar incertezas. A 32a Bienal, com curadoria de Jochen Volz e dos cocuradores Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México) será realizada de 10 de setembro a 12 de dezembro de 2016 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, reunindo cerca de 90 artistas e coletivos do mundo todo.

Carla Filipe (Portugal), Carolina Caycedo (Colômbia), Dineo Bopape (África do Sul), Em’kal Eyongakpa (Camarões), Iza Tarasewicz (Polônia), Nomeda and Gediminas Urbonas (Lituânia), Pia Lindman (Finlândia) e Rita Ponce de Leon (Peru) são os artistas da 32a edição que participam do programa entre março e dezembro de 2016. Ao longo da residência em São Paulo, os artistas também realizam atividades como Studio Visits e palestras abertas ao público em geral.

Concebida, inicialmente nos moldes da Cité des Arts, em Paris, a FAAP implantou  no Edifício Lutetia a Residência Artística FAAP, com dez estúdios destinados a este público, para que possam desenvolver projetos artísticos e trocas de experiências e conhecimentos, entre si, com a cidade, com a comunidade artística e também com alunos e professores da FAAP.  

A parceria entre as fundações afirma a importância atribuída pela FAAP aos processos de colaboração, no sentido de apoiar e incentivar a produção artística contemporânea, explica o professor Marcos Moraes, coordenador do curso de Artes Visuais e do Programa de Residência Artística FAAP.

“Ao longo desta década a presença, na cidade, no meio artístico cultural e nas instituições permitiu atuações marcantes e relevantes para as discussões propostas por cada um dos projetos destas cinco edições da Bienal. Investigações e trabalhos articularam-se com o emaranhado de relações que São Paulo permite e suscita; os percursos realizados por cada um dos artistas e coletivos que aqui estiveram foram duplamente ações deles, assim como agiram neles e, com estes reflexos se expandiram pelos diferentes e distantes lugares de onde cada um se deslocou para produzir, nesta condição, sua intervenção nos projetos desenvolvidos por essas Bienais”, acrescenta o professor.

Segundo o presidente da Fundação Bienal Luís Terepins, a parceria reforça a vocação da cidade de São Paulo como polo de produção, reflexão e difusão artística e reafirma o compromisso da Bienal com a formação do olhar e com o desenvolvimento da cena cultural. “Os projetos desenvolvidos durante as residências tiveram forte impacto nas últimas edições da Bienal e muitos deles circularam pelo Brasil a partir do programa de itinerâncias”, afirma Terepins, lembrando que o fomento a produção contemporânea e a democratização do acesso são missões centrais na atuação da Fundação.

Histórico de artistas da Bienal presentes na Residência Artística FAAP:

27ª Bienal de São Paulo - Como viver junto (2006): Alberto Baraya (Colômbia), Armando Andrade Tudela (Peru), Lara Almarcegui (Espanha), Francesco Jodice (Itália), Shimabuku (Japão), Marjetica Potrč (Eslovênia), Minerva Cuevas (México), Meschac Gaba (Benim), Florian Pomhösl (Áustria), Susan Turcot (Canadá).

28ª Bienal de São Paulo - Em vivo contato (2008): Alexander Pilis (Rio de Janeiro), Erick Beltrán (México), Gabriel Sierra (Colômbia), Javier Peñafiel (Espanha), Mabe Bethônico (Belo Horizonte),  Sarnath Barnejee (Índia), Simon Goldin e Jakob Senneby (Suécia).

29ª Bienal de São Paulo - Há sempre um copo de mar para um homem navegar (2010): Tamar Guimarães (Belo Horizonte), Escola Maumaus (Portugal).

30ª Bienal de São Paulo - A iminência das poéticas (2012): Cecília Grönberg e Jonas (J) Magnusson (Suécia), Eduardo Gil (Venezuela), Leandro Tartaglia (Argentina), Nicolas Paris (Colômbia), Sarah Washington, Knut Aufermann (Inglaterra e Alemanha).

31a Bienal de São Paulo – Como (...) coisas que não existem (2014): Anna Boghiguian (Egito), Bik Van der Pol (Holanda), Danica Dakić (Bósnia e Herzegovina), El Hadji Sy (Senegal), Erick Beltrán (México), Farid Rakun (Indonésia), Federico Zukerfeld e Loreto Garín Guzmán (Argentina), Ines Doujak (Áustria), John Barker (Reino Unido), Juan Pérez Agirregoikoa (Espanha), Nilbar Güreş (Turquia), Pedro G. Romero (Espanha), Sheela Gowda e Prabhakar Pachpute (Índia).