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A Bienal começa a sofrer pressão política do poder público com o início da ditadura militar no Brasil. Na cerimônia de premiação, Maria Bonomi e Sérgio Camargo entregam ao então presidente da república Castelo Branco moção em favor da revogação das prisões preventivas de Mário Schenberg, Fernando Henrique Cardoso, Florestan Fernandes e Cruz Costa. A despeito das complicações, consagrou-se a apresentação de uma sala dedicada ao surrealismo e à arte fantástica. Marcel Duchamp, com seu famoso ready-made Roue de bicyclette (1913), era visto ao lado de Max Ernst, Marc Chagall, Joan Miró, Jean Arp, Man Ray, Paul Klee, Paul Delvaux, René Magritte e Francis Picabia.

Presidente da Bienal: Ciccillo Matarazzo
Diretor geral: Mário Pedrosa
Assessorias: Geraldo Ferraz, Sérgio Milliet, Walter Zanini (Artes plásticas); Aldo Calvo, Sábato Magaldi (Teatro); Jannar Murtinho Ribeiro (Artes Gráficas)
Secretária-geral: Diná Lopes Coelho
No júri de seleção: Mário Pedrosa, Mário Schenberg 
No júri de premiação: Jacques Lassaigne, Werner Schmalenbach

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"Para essa edição da Bienal, foi realizado um concurso para a escolha do sinal da Fundação Bienal (“símbolo” era a denominação à época). O vencedor foi Aloísio Magalhães, um dos mais importantes designer brasileiros. O sinal foi modificado ao longo dos anos, sendo apresentado ora em preto e branco, ora em verde e azul, às vezes até em versão invertida de cores. Em 2010, sob a coordenação de André Stolarski, a equipe interna da Bienal reformulou o sinal, estabelecendo a versão monocromática já existente como a única válida".
"A 8ª Bienal abria as portas após um ano e meio do golpe militar em 1964. O Brasil começava a viver os primeiros momentos de repressão. O crítico Mário Schenberg e mais três intelectuais, que certamente estariam na inauguração, amargavam alguns dias na prisão. Durante a cerimônia de abertura, os artistas Maria Bonomi - prêmio de melhor gravura nacional - e Sérgio Camargo entregaram ao presidente Castello Branco uma carta em nome dos artistas, pedindo que intercedesse em favor dos quatro intelectuais detidos".

AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.137

"O artista o recusou , dizendo que os seus trabalhos não eram pesquisa nenhuma, pois há muitos anos, desde 1939, seguia aquela linha, não havendo nela mais nada de experimental"

MENDES, Liliana. Pesquisa Ciccillo Matarazzo. Vol 1. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994, p.5

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