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Cartaz da 27ª Bienal
O artista argentino Jorge Macchi procurou pensar a imagem de um cartaz não ilustrativo do evento, mas que dialogasse com as propostas da 27ª edição, de modo que optou pela utilização da fotografia de um fragmento da obra de sua autoria Speaker’s corner [Canto do orador] (2002), na qual a presença de aspas isoladas de recortes de jornal evoca uma convivência de frases e oradores. É uma imagem ambivalente: por um lado alude à convivência democrática dos discursos e, por outro, à sua vacuidade e paralisação. Na fotografia é visível o espaço e a característica do papel. Ao voltarem à bidimensionalidade, os fragmentos de papel não voltam a seu estado inicial no jornal. A fotografia conta a história desses recortes, interessando ao autor, especialmente, o caráter escultórico que o papel adquire quando desaparece a informação de que era suporte.

Autoria: Jorge Macchi; Rodrigo Cerviño Lopez

"O artista argentino Jorge Macchi procurou pensar a imagem de um cartaz não ilustrativo do evento, mas que dialogasse com as propostas da 27ª edição, de modo que optou pela utilização da fotografia de um fragmento da obra de sua autoria Speaker’s corner [Canto do orador] (2002), na qual a presença de aspas isoladas de recortes de jornal evoca uma convivência de frases e oradores. É uma imagem ambivalente: por um lado alude à convivência democrática dos discursos e, por outro, à sua vacuidade e paralisação. Na fotografia é visível o espaço e a característica do papel. Ao voltarem à bidimensionalidade, os fragmentos de papel não voltam a seu estado inicial no jornal. A fotografia conta a história desses recortes, interessando ao autor, especialmente, o caráter escultórico que o papel adquire quando desaparece a informação de que era suporte".

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