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Com o tema "Utopia versus realidade", a 19ª Bienal teve no alemão Anselm Kiefer sua grande figura de destaque. Com presença marcante de instalações e esculturas, o terceiro andar do pavilhão recebeu a monumental Palette mit Flügel (1985) de Kiefer e a instalação Enquanto flora a borda... (1982), de Tunga, que escorregava do teto ao piso pelo grande vão central do pavilhão.

Presidente da Bienal: Jorge Wilheim
Curadora-geral: Sheila Leirner
Equipe curatorial: Ivo Mesquita, Sônia Salzstein-Goldberg, Gabriela S. Wilder, Arturo Schwarz, Rafael França, Joice Joppert Leal, Angela Carvalho, Ana Maria Kieffer
No conselho de arte e cultura: Luiz Paulo Baravelli, Ulpiano Toledo Bezerra de Menezes, Maria Alice Milliet

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“(...) Duchamp simboliza sobretudo uma profunda nostalgia daquilo que a nossa geração não viveu e não viverá jamais. Pois, para nós, perdeu-se para sempre aquele impulso inovador, a intransigência crítica, o radicalismo, onde reside o poder revolucionário de choque e a surpresa da vanguarda. Hoje, diante da obra de Duchamp - não há mais como negar- a vanguarda não é mais vanguarda, mas algo muito mais inócuo. Como num vácuo da História, estamos alienadamente instalados num turbilhão contraditório de estilos e procedimentos.”

LEIRNER, Sheila. "Apresentação". In Marcel Duchamp – 19ª Bienal de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1987, p.9 (catálogo de exposição)

"A Bienal paulistana voltava a ser sucesso, falava-se em um público de mais de 200 mil pessoas - que com isso teria empatado com o número de visitantes que recebera a última Documenta de Kassel. Sem nada parecido com a Grande Tela e contando com a colaboração e o trabalho de uma jovem equipe de curadores e críticos, essa Bienal, aventurou-se menos no território, um tanto retórico das ‘poéticas curatoriais’ e conseguiu assim um resultado que serviria de modelo para as bienais seguintes".

ALAMBERT, Francisco e CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.181

"Aqui está o nosso museu: afetivo, pessoal, subjetivo, trágico. Conscientemente público e, ao mesmo tempo, responsável. Em favor da obra e em oposição ao ‘cubo branco’ que representa tão bem a neutralidade apolínea da museografia contemporânea".

LEIRNER, Sheila. "Introdução". In 19ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1987, p.19 (catálogo de exposição)

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