“Embora nascida na Inglaterra, foi nos Estados Unidos que a pop-art encontrou sua melhor tradução e maior estrela: Andy Warhol. Já definido como o “Filho sem Idade do Mundo da Mídia”, ele desvalorizou a função estética da arte. Numa sociedade mecanizada, onde o próprio artista se transformava em máquina, a pop-art devorava seus refugos, esteriótipos da cultura de massa facilmente reconhecíveis, como as latas de sopa Campbell ou os retratos de Marilyn Monroe (…) Ao contrário de Warhol, James Rosenquist não tentava congelar a imagem esteriotipada da publicidade, mas absorvia dela toda a energia e velocidade expressiva”.
AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.165
“A volúpia anti-contemplativa da arte contemporânea havia chegado entre nós, justamente quando o ‘não me toques’ do regime político era mais forte e repressivo. Nessa Bienal, a interação entre arte e público chega a um patamar inédito na história da mostra – e possivelmente inédito na história de qualquer grande mostra desde então. Dias após a abertura, ‘não havia mais obras intactas na Bienal’: ‘e não se sabia se ali tinha havido um dia de maravilhosa festa ou uma feroz batalha de vândalos. O povo consagra a arte nova”
ALAMBERT, Francisco e CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.117