“A 6ª edição, no entanto, não estava centrada apenas em aspectos museológicos e históricos. A Arte Contemporânea foi reforçada, nesse ano, pela produção artística da União Soviética. A ideia inicial era organizar uma grande retrospectiva do suprematismo e do construtivismo da primeira fase da Revolução de 1917. Um desejo antigo do crítico Pedrosa. O projeto não se realizou por motivos burocráticos não explicados, embora se tivesse notícia de que essas obras estavam nos depósitos dos museus Tetriakov, em Moscou e no Ermitage, em Leningrado”.
AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.110
… depois de a Bienal ter, em todas as suas edições anteriores, se dedicado a fazer um levantamento detalhado (e, de novo, o mérito disso cabe sobretudo aos diretores e intelectuais ligados ao MAM) das origens e dos desdobramentos internacionais e nacionais do modernismo, o momento agora, segundo Pedrosa, seria de mostrar as origens das origens, ou seja: demonstrar o funcionamento da criação artística em si mesma, em seus primórdios.”
ALAMBERT, Francisco e CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.87