“Não conheço Arte que, de uma ou de outra maneira, não tenha o homem no seu centro.(…) Interessa-me o trabalho dos artistas mal comportados, os que não tem receio de ultrapassar limites, de ampliar fronteiras, de desafiar os cânones reinantes, a procura de resultados que possam satisfazer suas necessidades criativas. (…) A 21ª serve ao seu tempo, nada mais. Não é, nem foi nossa intenção criar paradigmas. Basta a curadoria tê-la feito, sem modelo e sem vontade de ser modelo”.
GALVÃO, João Candido. “Introdução”. In 21ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo: Marca D’Água, 1991, p.15 (catálogo de exposição)
“Também nesse ano é inaugurada em Manchester a exposição Transcontinental, organizada pela Ikan Gallery. Essa exposição dá um destaque especial à arte contemporânea brasileira, (…) No ano seguinte, 1991, uma grande retrospectiva de Hélio Oiticica, o artista que melhor representa essa crescente visibilidade da arte contemporânea brasileira no exterior (…) Essa repercussão favorável será extremamente benéfica à arte feita aqui, e a Bienal terá parte nesse novo momento em que a arte brasileira recente ganha visibilidade internacional”.
ALAMBERT, Francisco e CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo da era do Museu à era dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.186