“A Grande Tela”. RTC (Rádio e Televisão Cultura São Paulo) sobre a 18ª Bienal de São Paulo – Instalação de Alex Vallauri: Festa na Casa da Rainha do Frango Assado
“Que outra denominação senão “O Homem e a Vida” faria melhor contraponto a “Arte sobre Arte” tão característica dos anos 70? Afinal, grosso modo essa é a grande dicotomia dos nossos tempos; a grande divisão, o eixo em torno do qual giram todas as manifestações da arte avançada. Por “arte avançada” obviamente entendem-se as manifestações não comerciais ou não orientadas para o consumo. Ou seja, aquelas que formam um conjunto de aspirações espontâneas, operações dedutivas, experiências de interação e progressão que nascem na vida elevada da inteligência”.
LEIRNER, Sheila. “Introdução”. In 18ª Bienal de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1985, pp.13-14 (catálogo de exposição)
“As performances também tiveram seu espaço na 18ª Bienal. Quem chegava ao segundo andar se deparava com o casal Marina e Ulay Abramovic. Sentados cada um na extremidade de uma longa mesa, olhavam-se fixamente por 7 horas, indiferentes aos visitantes curiosos, que nada entendiam. Com essa apresentação, eles completavam 588 horas e o 94º dia da performance “Night-Sea Crossing”, que começara em 1981, na Bienal de Sidney, na Austrália”.
AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.335