Analívia Cordeiro, M3x3, 1973. Considerada a primeira obra brasileira do gênero
“O Japão e os Estados Unidos compareceram com uma velha novidade: a video-arte, Já na Bienal anterior houve uma sala especial dos Estados Unidos na qual foram projetados continuamente trabalhos em vt de Acconci, Eva Hesse etc. Nos dois últimos anos, vários brasileiros começaram a realizar trabalhos com esta mídia, entre eles, Ivens Machado. As obras que os estados Unidos enviarão para a XIII Bienal integram uma exposição que vem circulando desde algum tempo pelo interior do país.”
MORAIS, Frederico. “Bienal de São Paulo: presença (tímida ainda) da América Latina”. O Globo, 14 out. 1975
Vito Acconci, Pryings [A espia], 1971
Steina Vasulka e Woody Vasulka, Vocabulary [Vocabulário], 1975
“Entrar no stand japonês causa surpresa. Em lugar dos esperados quadros ou esculturas, o público encontrará um complexo aparelhamento de televisão, vários monitores, camaras e espelhos. O “Jogo Video-Cópia”, obra de Keigo Yamamoto, exige a participação de público. Consiste de dois monitores de TV. No de cima, o desenho de um polígono aberto. No de baixo surgirá a imagem de cada um dos desenhos que o público fizer, tentando imitar o desenho do japonês. O resultado é que, quase sempre, as grotescas imitações do público em nada se assemelham à obra original. Yamamoto define a obra como “meditação sobre a nossa divergência de conscientização entre a realidade espacial cotidiano e a reprodução espacial através do televisor”. (…) Ao lado do “jogos” estão as obras de Katsuhiro Yamaguchi, que receberam o Prêmio Indústria Villares, de 3 mil dólares. Utilizando-se também dos recursos do vídeo, compôs três obras, de total participação do espectador: Paisagem, auto retrado e as meninas – que conta com a preciosa colaboração de Velasquez. (Nessa obra, o assistente pode se sentir parte do quadro de Velasquez “Las Meninas” pois sua imagem é reproduzida num monitor inserido na pintura)”
“Bienal: espaço para artes e tendências”. Diário de São Paulo, 17 out. 1975