“Ao recusar 90% das obras dos brasileiros inscritos na 12ª edição, a Bienal de São Paulo provocou também a criação de uma mostra paralela: A Bienal dos Recusados. Assim no dia 5 de outubro, enquanto as autoridades inauguravam a exposição no Ibirapuera, a Galeria Espade, na rua Pamplona, em São Paulo, abria as portas para as obras de 78 dos 236 rejeitados pelo júri”.
AMARANTE, Leonor. As Bienais de São Paulo / 1951 a 1987. São Paulo: Projeto, 1989, p.214
“O pintor Fred Forest publicou uma série de espaços em branco nos jornais O Globo de 1973, convidando o leitor do jornal a encaminhar uma mensagem para ser apresentada na Bienal. O artista tinha em vista “tirar as pessoas da passividade, fazê-las pensar, entrando em contato com outras pessoas”.
“UTILIZE ESTE ESPAÇO E PARTICIPE DA XII BIENAL”. O Globo, 04 out. 1973
“A XII Bienal ainda é lembrada pela presença de um conjunto de 22 obras do russo Wassily Kandinsky, trazido pela delegação da França, que destoava do caráter lúdico geral da mostra. Era a primeira vez que obras de alto nível do artista desembarcavam na América do Sul com uma proposta rigorosamente distinta da arte de participação. Segundo ele, ‘o espectador deve aprender a ver. Ele deve admitir que uma obra de arte não é um espelho da realidade, mas um equivalente plástico de um estado de alma”.
FARIAS, Agnaldo (org.). Bienal 50 Anos, 1951-2001. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2001, p.165